sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Alguns bons momentos de 2010

É sempre assim. Vai chegando o final do ano e eu sinto que vou
ficando meio down. Acho que eu lembro do quanto atrasado estou na vida, dos planos frustrados e das metas não cumpridas - muitas delas já de anos anteriores.
Não culpo ninguém, nem a vida, muito menos Deus. Aliás sou grato a Ele por cada dia de vida. Sei muito bem que a vida que eu vivo não é a que Ele reservou pra mim. Se eu não vivo como deveria, é culpa minha. Por decisões tomadas (ou não tomadas), prioridades erradas ou qualquer outra coisa do tipo.

Mas não quero escrever um "post desabafo". Isso vai ficar pra outra vez.
Quero listar alguns bons momentos de 2010.

1 - Viagem a Paraty (fevereiro);
Não sou muito de viajar, mas desde quando decidimos que íamos passar uns dias em Paraty, comecei a pesquisar lugares e programas turísticos, mapa da cidade, entre outras coisas.
Essa viagem foi algo que eu precisava. Não só eu, mas meu irmão e minha tia também. Estávamos cercados por natureza, respirando ar puro, com praias e ilhas (quase desertas) por todos os lados, ouvindo idiomas de várias partes do mundo - até pratiquei meu inglês "embromation" com duas pessoas - , etc. Foi como se nossa bateria tivesse sendo recarregada.

2- Show do Dream Theater (março);


Simplesmente minha banda favorita. A primeira vez que fui num show deles foi em 2005. Dei mole e acabei não indo em 2007, mas não perdi a oportunidade em 2010. Sorte a minha, foi a última vez que vi o Mike Portnoy tocando com o Dream Theater. Há uns meses ele anunciou que sairia da banda.

Ir num show é ótimo, mas melhor ainda é quando vários amigos curtem a mesma banda e vão no show juntos. Na foto: eu, meu irmão e o Fernando.

3- Vinda da Raquel pro Rio pela 2ª vez (julho);
A Raquel é uma amiga de Manaus que namora um dos meus melhores amigos, o Davi. Ambos são muito especiais e é uma pena que não conseguimos sair juntos mais vezes. Ela veio passar um tempo aqui pela primeira vez em 2009 e em 2010 voltou pra ficar mais um tempo.

À esquerda: Rúben (irmão do Davi) e eu. À direita: Raquel e Davi.











4 - Show com a Seven Days (novembro);

Há alguns anos eu tinha uma banda com uns amigos - um deles era o Rúben. A banda acabou não dando certo. O Rúben e um outro amigo meu da antiga banda formaram uma nova, chamada Seven Days. Eles teriam um show no qual o baterista (outro amigo meu) não poderia ir. Então o Rúben me chamou pra tocar com eles. Quase não aceitei, mas eu sabia que aquilo seria bom para mim (e pra eles) e acabei confirmando.
Foi um dia de cão. Eu estou acostumado acordar de tarde. E nesse dia eu acordei 7 e pouco da manhã pra ir pro ensaio, e o dia foi corrido até de noite. Mas foi muito bom.

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Lembram das decisões tomadas ou não que eu falei lá em cima? Pois é. Todos esses melhores momentos do ano eu tomei a decisão certa, e foi ótimo. Na maioria das vezes eu sei a decisão que eu devo tomar, ou o que eu devo fazer. Mas lutar contra a rotina e sair da "zona de conforto" é muito mais difícil do que as pessoas podem pensar.

O que eu peço para Deus pra 2011: força pra sair dessa inércia.
Pras as pessoas: Um pouco mais de paciência comigo. Estou quase lá.
Pra mim: Mais esforço.

Um bom ano novo pra vocês.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

PTfobia e Eleições.

Esses dias eu estava convesando com um amigo sobre esse grande movimento anti Dilma Rousseff. Boatos se juntam com meias verdades e verdades usadas as vezes fora de contexto. Mas qual seria o motivo de tanto alarde?
Seria a falta de experiência da Dilma? O seu passado meio desconhecido e nebuloso? O jeito meio brucutu que as vezes ela apresenta, ou a sua falta de eloquencia?
Talvez um pouco de tudo isso. Mas acho que o motivo também seria bem maior que a Dilma em si.

Desde a retomada da democracia essa pode ser a primeira vez que um partido governa o Brasil por três mandatos consecutivos. E logo um partido (outrora) de esquerda em que sua maior figura, Lula, tem relações muito próximas e condescendentes com figuras como Hugo Chavez e Mahmoud Ahmadinejad. Lula já expressou vontade de se eleger novamente em 2014. Se Dilma for eleita - e a mentalidade do povo continuar a mesma - é muito provável que Lula se candidate novamente daqui a 4 anos e consiga se eleger novamente. Lembrando que ele está deixando a presidência com o maior índice de aprovação jamais alcançado. Se tudo ocorrer desse jeito - que não seria uma coisa absurda - ele ainda poderia concorrer ao 2º mandato. Ou seja, nesse cenário o PT governaria por 20 anos.
Assim como Chavez faz na Venezuela, Lula parece estar disposto a montar um longo governo do PT, mas por vias "legais". Lula é mais inteligente e carismático que Chavez, e sabe disso. Na época em que se discutia a possibilildade de mudar a Constituição para permitir um terceiro mandato, ele negou e recusou qualquer intenção de fazer isso. Talvez sabendo que sua popularidade elegeria até um poste.

O seu carisma faz o povo (pelo menos, grande parte) esquecer os escândalos que se sucederam sob seu comando. Cegueira ou incompetência? Não importa. O presidente "do povo" não tem culpa de nada. E assim, Lula foi acumulando popularidade ao longo desses últimos 8 anos. E, com o nome de Dilma Rousseff sendo cotado para a sucessão, o governo fazia de tudo para passar o máximo dessa popularidade de Lula para ela e preservar a sua imagem. Quando algo dava errado, Dilma misteriosamente "sumia"; o episódio do apagão em 2009 é um exemplo.
Mas, se eleita, ela não vai poder desaparecer quando problemas aparecerem. Ao contrario, ela vai ter que assumir os pepinos, ou fazê-los desaparecer.

Não vou mentir, eu não gosto da Dilma, e cada vez mais fico impressionado com as mentiras e as hipocrisias do Serra e do PSDB. Mas, independente do resultado da eleição, acho que o novo presidente merece o benefício da dúvida, e, mesmo que nenhum deles seja o candidato que eu gostaria, vou torcer para que faça um bom governo.
Acima de ideologia política, partidarismo, gostar ou não do nosso novo representante nos próximos 4 anos, ou qualquer outra coisa, o Brasil precisa de um bom presidente, que respeite o povo. E assim, o respeitaremos.

sábado, 16 de outubro de 2010

Doença nacional

Os políticos adoram jogar com a ignorância e com a memória curta do povo. O Tiririca foi um caso meio “boi de piranha”. O partido o colocou lá como isca, a população foi em peso nele. Só que em vez de se “sacrificar”, ele conseguiu ser eleito, e levou 3 junto com ele. O povo caiu direitinho e a coligação conseguiu o que queria.
Muita gente pensa que votou nele como “forma de protesto”, mas, na verdade, acabou fazendo exatamente o que o partido queria.
Tenho amigos paulistas que se sentem envergonhados por um candidato como o Tiririca ter sido eleito — ainda mais com tamanha aprovação, mas de uma coisa eu tenho certeza: se ele fosse candidato aqui no Rio ou em qualquer outro estado, teria sido eleito do mesmo jeito. Portanto, não fiquem assim. Isso não se restringe a São Paulo. É uma doença nacional.

O povo brasileiro é muito previsível e ingênuo, os políticos sabem disso, e usam a favor deles. Eles são pegos em escândalos de todos os tipos, frequentam a mídia por um mês, somem por um tempo, e depois voltam como se nada tivesse acontecido. E continuam sendo eleitos.
Só como exemplo, aqui no Rio de Janeiro o Garotinho ganhou com larga vantagem pra Deputado Federal. No Maranhão, Roseana Sarney foi eleita no primeiro turno, e, em Brasília, a inacreditável Weslian Roriz conseguiu ir pro segundo turno. Aliás, a Weslian Roriz é a personificação da falta de noção e da “marionetização” do povo.
Não adianta aparecer uma nova geração de políticos se o povo continua votando nos “medalhões” apenas por conhecerem ou já estarem acostumados com eles. Não haverá revolução na política enquanto nós não aprendermos a votar e largamos o medo do “novo”.
No dia seguinte da eleição, um conhecido estava conferindo no jornal os deputados eleitos e, pensativo, falou: “em quem eu votei ontem mesmo? Nem lembro.”
Eu o questionei por isso e ele apenas deu aquele sorriso sem graça.

O problema está em nós.