domingo, 12 de janeiro de 2014

Sobre as imagens do Blog.


Pois é, pessoal.
Ontem aconteceu a pior coisa na história do blog. Fiz uma cagada colossal e sem querer apaguei TODAS as imagens do meu blog. Uma salva de palmas para mim. E a maioria das imagens eu nem tenho mais no computador.

Pior que tudo começou porque eu quis editar uma foto. Abri o programa Fotos que tem na pasta do Google no celular e ele perguntou se eu queria fazer backup das fotos. Pensei "por que não?". Só que as fotos apareceram no Google +. Aí excluí uma pancada de fotos que eu não queria por lá. Inclusive as imagens do blog. Só que eu não percebi que estava excluindo as imagens do Google (onde o blogger é hospedado) e não da rede social. Burrice, eu sei. E esvaziei a lixeira. Nunca fiquei tão triste ao ver a Lixeira vazia.

Portanto, o blog ficará sem as imagens por um bom tempo. Pra falar a verdade, nem sei por onde começar. Acho que será pelos posts mais visitados. Fora que eu vou ter que lembrar das imagens que eu usei para ilustrar cada crítica. Será um trabalho demorado, de paciência.

Mas continuem visitando o blog. Até porque o mais importante é o texto e não as imagens. ;)

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Saldo Cinematográfico de 2013 (e melhores filmes)

Lá se foi mais um ano. 2013 foi bastante bom — aliás não me lembro da última vez que tive dois bons anos seguidos. Em 2012, fiz o módulo I (Teoria, Linguagem e Crítica Cinematográfica) do curso do crítico de Cinema Pablo Villaça. Ano passado fiz o Módulo II (Forma e Estilo Cinematográficos). O bom desses cursos é que, além de adquirir conhecimento na área, você acaba conhecendo pessoas legais e fazendo amigos. Alguns deles já considero muito e são importantes para mim.

No blog, não consegui manter a minha meta pessoal de 1 post por semana, mas foram 41 posts, o recorde até hoje. Além disso, inaugurei duas novas seções: "Curtas" e "Fora de Série", expandindo os comentários da telona para a telinha.

Em 2013 assisti a 300 filmes, 228 vistos pela primeira vez e 72 revistos. Abaixo vou postar os meus filmes preferidos lançados em 2013, seja aqui ou lá fora. Os filmes que estarão na lista são os filmes que mais me divertiram, fizeram pensar ou de alguma forma eu os achei relevante. Não ouso dizer que "O Homem de Aço" é melhor que "O Mestre", por exemplo. Mas, dentre os dois, é o que me divertiu mais. Portanto, essa lista é mais pessoal do que objetiva. E, obviamente, são os filmes de 2013 que eu vi até a data do post.

Gravidade

A primeira nota 10 que dou, desde "A Origem", de Christopher Nolan. O filme é de um primor técnico e narrativo impressionante. Cuarón fez o que tantos disseram que ele não poderia fazer. Um milagre da tecnologia.

"Há muito tempo eu não saía do cinema tão satisfeito. 'Gravidade' vai muito mais além do 'filme-catástrofe' — é um belo conto sobre renascimento e, mais que isso, evolução. Os méritos da obra vão muito além dos aspectos técnicos. A produção beira a perfeição, graças especialmente ao roteiro dos Cuarón e a atuação iluminada de Sandra Bullock. A metáfora do renascimento de Ryan Stone como uma pessoa evoluída é linda e muito bem apresentada."

Crítica: http://isduarte.blogspot.com.br/2013/10/gravidade.html

Django Livre

Tarantino consegue de novo. "Django Livre" é um filme não só divertido, mas relevante. O diretor trata a escravidão de um modo visceral e com uma certa sensibilidade, deixando seu humor característico para os momentos corretos e de violência catártica.

"O filme conta uma incrível história de ascensão de um escravo liberto. As cenas fortes estão ali para criar um sentimento de revolta no espectador, para que a vingança de Django seja mais "justificável", para que o público se sinta vingado. E Tarantino faz isso com muita competência."

Crítica: http://isduarte.blogspot.com.br/2013/02/django-livre-oscar-2013.html

Círculo de Fogo

"Pacific Rim"estreou cercado de expectativas e cumpriu cada uma delas. Mesmo com um roteiro meio frágil, é um filmaço de encher os olhos e mexer com a criança interior de cada um. Robôs e monstros gigantes povoam nossa imaginação desde pequeno, e Guillermo Del Toro nos presenteia com um espetáculo visual de proporções épicas.

"Mesmo sendo cheio de metal e monstros, "Círculo de Fogo" não é um filme bruto, artificial, mas sensível, que envolve o espectador, principalmente pela força de seus personagens. O elo que Guillermo del Toro cria entre Raleigh e Mako é muito bonito. É emocionante quando, perto do final do filme, Raleigh diz à ela "All I have to do is fall, Mako. Anyone can fall". É verdade que a fala teria ainda mais peso se o destino de seu personagem fosse diferente, mas, por tudo o que significa, pela construção da cena, e interpretação de Charlie Hunnam (que merece ser mais conhecido) é um momento comovente e importantíssimo para a história do filme."

Crítica: http://isduarte.blogspot.com.br/2013/08/circulo-de-fogo.html

A Hora Mais Escura

"Zero Dark Thirty" consegue ser extremamente eficiente ao fazer um apanhado dos anos de  investigações do paradeiro de Bin Laden e ao analisar o efeito que a obsessão pelo terrorista causou na personagem principal, Maya (Jessica Chastain). Não é um filme com muita ação, mas, quando a narrativa é de tão alto nível, ela não faz falta.

"A morte de Bin Laden desperta sentimentos variados nas pessoas envolvidas na operação. O membro dos SEALs que o matou, mal acredita — afinal ele acabara de fazer história — enquanto os outros do grupo ficam eufóricos. Já Maya por outro lado, após reconhecer o corpo do terrorrista, não consegue esboçar um sorriso. Depois de dedicar os últimos dez anos de sua vida apenas caçando um homem que virou sua obssessão, ela se sente aliviada, porém perdida quando tudo acaba. Ela não saber o que responder quando o piloto a pergunta onde quer ir é o retrato perfeito disso. A vida dela era o dever cívico que aos poucos foi virando um desejo de vingança (ela deixa bem claro seu objetivo de Matar Bin Laden). Não havia nada além disso. E o filme termina exatamente onde a vida da personagem principal deve realmente começar."

Crítica: http://isduarte.blogspot.com.br/2013/03/a-hora-mais-escura-oscar-2013.html

A Caça

Se não fosse por "Amor", eu poderia dizer que "A Caça" foi o filme mais pesado do ano passado. A direção de Thomas Vinterberg e a atuação de Mads Mikkelsen fazem nosso coração doer com a história de Lucas, um professor injustamente acusado de pedofilia.

"O diretor e co-roteirista Thomas Vinterberg (Tobias Lindholm também assina o roteiro) consegue fazer com que um elo muito forte se crie entre nós, espectadores, e o personagem principal já que, além de nós, só o próprio protagonista e seu filho acreditam em sua inocência. Nos sentimos testemunhas de seu sofrimento, e vítimas da inocência de uma criança."

Crítica: http://isduarte.blogspot.com.br/2013/04/a-caca.html 

Amor

Todos sabem que uma das especialidades de Michael Haneke é mexer psicologicamente ou emocionalmente com o seu público. Em "Amor", é provável que ele tenha chegado ao ápice. Poucos filmes já mostraram o lado não bonito da velhice. E mais, até onde as pessoas vão para terminar o sofrimento de seus amados (ou de si mesmos — a questão permanece).

"Se 'O Lado Bom da Vida' foi o filme mais fell good que concorreu ao Oscar 2013, 'Amor' pode ser considerado como o mais devastador. Michael Haneke nos apresenta uma imagem muitas vezes poética, mas não muito feliz sobre o fim da vida. É um filme sobre não só o amor, a face mais bela da vida, mas também sobre a mais temível e triste — a morte."

Crítica: http://isduarte.blogspot.com.br/2013/03/amor-oscar-2013.html

Segredos de Sangue

Na sua primeira incursão em Hollywood, o diretor coreano Park Chan-Wook (de "Trilogia da Vingança") faz um belíssimo trabalho — ainda que a beleza habite mais na estética do que na narrativa do filme.

"Park Chan-Wook não decepciona (...), compensando a fragilidade da narrativa na forma como ele utiliza recursos visuais e metafóricos para enriquecer o estudo de seu personagem principal"

Crítica: http://isduarte.blogspot.com.br/2013/06/segredos-de-sangue.html

Além da Escuridão - Star Trek

Depois do reboot de sucesso de Star Trek nos cinemas, J.J. Abrams voltou com tudo nessa sequência do filme de 2009, fazendo um dos melhores blockbusters do ano. O filme é uma releitura de "A Ira de Khan", só que mais divertido, com melhores efeitos (óbvio), personagens mais elaborados (Benedict Cumberbatch está sensacional como o vilão Khan) e uma direção bem inspirada.

O Homem de Aço

Um filme que muita gente não gostou, mas, se não chegou a superar, atingiu minhas expectativas. Reconheço que é um filme com problemas (principalmente no roteiro), mas ao meu ver, os pontos fortes superaram os pontos fracos.

"Com todos esses altos e baixos, Zack Snyder faz um filme um pouco problemático, mas divertido e eficiente, conseguindo honrar a grandeza que esse personagem representa para a cultura pop. O diretor desmonta o mito de perfeição do Superman, um herói que precisava se inovar e se adequar ao mundo de hoje — um mundo menos colorido (como sua roupa) e onde fazer o certo pode significar sujar suas mãos (como a decisão que ele toma perto do final)."

Crítica: http://isduarte.blogspot.com.br/2013/07/homem-de-aco.html

É o Fim

Um daqueles filmes que você ama ou odeia. No meu caso, amei, e achei a comédia do ano.

"A forma como os atores interpretam a si mesmos e zoam os estereótipos criados em torno deles e os seus próprios filmes é sensacional. Enquanto alguns, como James Franco, dão corda para eventuais rumores sobre sua sexualidade (os seus sentimentos por Seth Rogen caminham na linha da ambiguidade), outros vão completamente contra a imagem criada durante os anos. Michael Cera é o exemplo mais forte e tem, provavelmente, a melhor atuação de sua carreira. Ele está doidão, sem limites. Impagável!"

Comentário: http://isduarte.blogspot.com.br/2013/11/curtas-e-o-fim-vhs-2.html
______________________________________________________________________________

Outros filmes que merecem menção: O Mestre, Invocação do Mal, Frances Ha, Os Miseráveis, Killer Joe, A Indomável Sonhadora, The World's End, Terapia de Risco e Evil Dead

Melhores filmes que vi em 2012, independente do ano: Chinatown (1974), Peixe Grande E Suas Histórias (2003), Argo (2012), Luzes da Cidade (1931), Tucker & Dale Contra o Mal (2010), As Vantagens de Ser Invisível (2012), O Poder e a Lei (2011), Mississipi Em Chamas (1988), Detona Ralph (2012), Flores do Oriente (2011), Trainspotting (1996), Desconstruindo Harry (1997), Annie Hall (1977), Beijos e Tiros (2005), O Substituto (2011), Triângulo do Medo (2009), A Febre do Rato (2011), O Show de Truman (1998), Um Estranho no Ninho (1975), Bullying (2011),