quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Lula e a língua.

Ja é sabido que o nosso presidente não é um poço de sabedoria, mas suas atitudes estão ficando cada vez mais duvidosas e, até, inconsequentes.

Alem de nós termos que aturar as falcatruas na nossa política, ainda temos que aguentar o Lula falando, literalmente, merda. Com a sua popularidade em alta dentro e fora do Brasil e um filme sobre sua vida prestes a ser lançado nacionalmente, o seu ego parece estar cada vez mais inflado. Ainda mais no calor dos discursos, quando volta e meia ele solta umas pérolas, chegando várias vezes a ser grosso.

Antes até era engraçado, "ah, que legal, o presidente fala a língua do povão". Mas isso já perdeu a graça a muito tempo, presidente. A maioria do povo não aguenta mais essa falta de compostura. Falar palavrão em discursos, ser condescendente com pessoas como Mahmoud Ahmadinejad, fechar os olhos para a corrupção política desenfreada e ir contra suas
próprias palavras e seus próprios conceitos não é legal.
Para não sair muito do tema, Lula tem que aprender a pensar antes de falar e a
separar o "Lula cidadão" e o "Lula presidente". E depois ele reclama da imprensa que tanto o critica.

Ser presidente deve ser bom, mas precisa-se de auto controle para não
acabar embriagado com o poder.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Inimígos Públicos - Crítica




Inimigos Públicos conta a história de John Dillinger (Johnny Depp), um criminoso que nos anos 30, em plena Grande Depressão, desafiou com os seus capangas as autoridades americanas com seus assaltos a bancos.
Depois do Crash de 1929, os bancos não eram vistos com bons olhos pela população (alguma semelhança com os dias atuais?), que via na figura de Dillinger um tipo de "justiceiro", por assim dizer. Até por que ele fazia questão de não roubar os civis que estavam nos bancos ou colocar suas vidas em risco. Dillinger roubava bancos com a mesma facilidade que fugia da cadeia e, com a sua fama em alta e a moral da polícia em baixa, ele é considerado o primeiro Inimigo Público do País.

Paralelamente, vemos a criação da Bureau, que mais tarde deu lugar ao FBI. Aí que entra Melvin Purvis (Christian Bale) que, depois de matar Pretty Boy Floyd, um dos bandidos mais procurados na época, é chamado para a difícil tarefa de capturar John Dillinger.
Enquanto Melvin e sua equipe quebram a cabeça tentando capturar Dillinger e seus comparsas, acompanhamos a atribulada relação com de Dillinger com Billie Frechette (Marion Cottilard), sua namorada, que, antes era apenas uma guardadora de casacos, e agora é a protegida do bandido mais procurado da América. Ossos do ofícios...

Public Enemies (no original) é muito bem filmado, a história é bem contada, tem ótimos atores e é, no geral, bastante fiel aos fatos.
Johnny Depp mais uma vez dá show e se sobressai entre um elenco de responsa. Christian Bale, conhecido por sempre "entrar de cabeça" nos seus papéis, constrói bem seu personagem, inclusive adotando o forte sotaque sulista até fora das gravações, o que deixou sua filha assustada (é verdade!).

Apesar de ser um bom filme, Inímigos Públicos deixa uma impressão um pouco vazia no final da sessão, como se faltasse alguma coisa. Não sei que "coisa" seria essa, mas certamente é o que faria um filme bom ser um filmaço.

Nota: 3,5 de 5.

Public Enemies
EUA, 2009 - 140 min
Policial
Direção: Michael Mann
Roteiro: Ann Biderman, Michael Mann, Ronan Bennett
 Elenco: Johnny Depp, Christian Bale, Marion Cotillard, Jason Clarke, Stephen Dorff, Billy Crudup, Branka Katic, Stephen Graham

segunda-feira, 27 de julho de 2009

A diferença entre a Falta e a Saudade

Geralmente eu escrevo aqui meus desabafos sobre política ou coisas nesse sentido mas, expecionalmente hoje, decidi desabafar aqui o que eu não costumo conseguir em outros lugares.

Às vezes essa questão vem na minha mente. Qual a diferença entre sentir falta e sentir saudade, seja de algo ou alguém? Acho que se nossa língua fosse o inglês não teríamos problemas com isso, afinal, para os dois casos a palavra "miss" daria conta do recado.
Mas tem como sentir saudade de algo que nunca tivemos ou que não lembramos ter tido? Acho que, nesse caso, no nosso bom português, a expressão correta seria "sentir falta".

Eu falo isso porque, quem me conhece, sabe que a minha mãe morreu quando eu era muito novo. Era década de 80 e teve o surto de AIDS. Minha mãe acabou sendo contaminada no hospital, por causa de uma transfusão de sangue. Ela lutou durante anos, mas acabou não resistindo e faleceu em 1990. O fato de eu (e meu irmão também) estar vivo hoje é um milagre de Deus. Era pra eu ter nascido com o vírus HIV.
Hoje, eu tenho a minha tia (irmã do meu pai) como uma mãe, inclusive assim a chamo. Ela sempre cuidou de mim e até hoje moro com ela.

O casamento do meu primo, nesse final de semana, foi uma rara oportunidade de reunir quase toda a família por parte de mãe. Muitos eu não via há muito tempo porque eles moram longe. Nem lembrava como eles eram. Mas estavam lá, e bem na mesa onde nós (eu, meu irmão, meu pai e sua esposa) sentamos, o irmão e a irmã da minha mãe, sem falar da mãe do noivo, que é a tia (materna) com quem eu sempre tive mais contato. E ainda teve uma mulher que veio falar comigo dizendo que conheceu a minha mãe e falou que ela era a mais bonita de todos os irmãos... rs
Confesso que, sempre que ouço falarem dela, fico meio triste. Sem desmerecer todo o amor e o esforço da minha tia, eu acho que esse vazio materno nunca será completamente preenchido. E isso me deixa... Bem, eu sinto falta disso.

Eu não sou um cara muito emotivo, que chora fácil e tal, e geralmente eu guardo minhas emoções para mim mesmo. É difícil eu chorar por algo ou alguém - e acho isso um defeito. Mas isso é uma coisa que sempre me causa aquele nó na garganta.
Ter saudade de algo que você ainda pode ter é algo mais esperançoso do que sentir falta de algo que você nunca teve (ou não se lembra de ter tido) e sabe que nunca terá.

Às vezes, eu acho meio injusto conhecer tantas pessoas que conheceram minha mãe e que falam o quão boa e bonita ela era, e eu não ter uma simples memória dela.
Não sei como seria se ela estivesse aqui hoje, ou se ela tivesse, pelo menos, vivido mais tempo. Não sei o quão diferente minha vida seria. Mas aí me vem uma outra questão: O que é mais doloroso? A dor da perda ou da falta?
Quem perde um(a) companheiro(a), ainda tem a chance de arrumar um(a) outro(a) companheiro(a). Até o sofrimento da perda de um filho, que é algo terrível e muito pior, é um vazio que pode, eventualmente, ser, pelo menos um pouco, preenchido. E a mãe? É uma posição quase impossível de se preencher, independentemente do amor e da dedicação de outra pessoa.

Minha intenção não é querer comparar ou medir as dores das perdas/faltas. Eu só tento entendê-las. Talvez eu nunca consiga, mas não custa tentar.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

O exemplo vem de cima

Vendo os escandalos diários do congresso nacional, eu fico me perguntando se ainda falta muito para chegarmos no fundo do poço. A política brasileira está despencando há muito tempo, levando junto a nossa dignidade.
Fico triste quando leio que nosso senado virou assunto numa revista britânica, com o sugestivo título "casa de horrores".

Lula, que sempre criticou Sarney (inclusive chamando-o de "grande ladrão"), agora dá apoio incondicional ao velho adversário, que tem seu cargo ameaçado, dizendo que Sarney não pode ser tratado como uma "pessoa comum". Como diria os americanos numa situação como essa: What the hell?!?! O que ele quis dizer com isso? Tudo bem que eles se acham seres superiores se comparado a nós, mas a justiça não deveria ser igual para todos?
Lula já disse, que prefere ser uma metamorfose ambulante, mudando de opinião de acordo com a mudança das coisas... Mas é uma pena que as opinões dele só mudaram pra pior. E esse tipo duvidoso de mudança pode significar outra coisa também: falta de caráter.
Não sei onde eu li isso, mas quem falou acertou em cheio: Lula não tem princípios, só fins.

Já na Câmara, o deputado Edmar Moreira (o deputado do castelo) foi julgado 2 vezes no Conselho de "Ética". Na 1ª vez, se livrou da cassação (por ser uma punição muito severa, segundo os deputados), e na 2ª vez se livrou de uma suspensão de 4 meses, em que continuaria a receber salário (seria como umas férias). E, hoje, o processo foi arquivado e as acusações retiradas! Incrível...
Se JK soubesse em que se transformaria Brasília, acho que ele pensaria duas vezes antes de construí-la. Ele deve estar se revirando no túmulo com tudo isso acontecendo.

Pra finalizar, o exemplo vem de cima... Com um presidente que não lê jornais (como o próprio declarou), senadores que usam dinheiro que não são deles para fins próprios, deputados com carteira de habilitação suspensa dirigindo por aí, e agora, uma ministra (e pré candidata a presidencia) que "maquiou" seu curriculo, o que esperar da sociedade? Maus exemplos geram maus comportamentos, e impunidade gera impunidade.

Eu discordo da frase "os politicos são o reflexo da sociedade".
Brasília pode até ser um reflexo da sociedade, mas é um reflexo deturpado. Com tudo o q há de pior. Um espelho quebrado.
Nós não elegemos politicos estupidos porque nós somos estupidos... Nós elegemos politicos estupidos porque nós somos apenas ignorantes...

segunda-feira, 18 de maio de 2009

No final, nada acaba em pizza, tudo vira bosta.

Os últimos acontecimentos em Brasília só mostram o estado de decomposição em que está a nossa política. Antes diziam que aqui no Brasil "tudo acaba em pizza", mas eu acho que já passamos desse estágio. Aqui no Brasil, parafraseano Rita Lee, tudo vira bosta. E daquele tipo que quanto mais se mexe, mais fede.

O que mais chamou atenção nas últimas semanas, sem dúvida, foi a farra das passagens aéreas. Deputados que usam o NOSSO dinheiro para pagar viagens para seus familiares, e amigos.
Eu ainda não pago Imposto, mas só pra ter uma noção, meu pai, que sempre deu duro na vida toda e travou uma batalha de anos para conseguir a aposentadoria (e com um salário ridículo), vai pagar em torno de R$ 8.000 de imposto por causa do montante do dinheiro que recebeu quando a aposentadoria, enfim, saiu. Quando ele pensava que a vida financeira melhoraria, veio essa facada nas costas. Terá que pagar R$1.000 por mês. Sorte que, mesmo aposentado, ele continua trabalhando. Senão, mal daria pra fazer as compras do mês, ou pagar as contas da casa.
E o pior é que Lula não vê nada de errado nisso. Segundo ele, isso sempre aconteceu e a imprensa trata isso como novidade enquanto tem "coisas mais importantes para discutir". E para piorar, perdeu mais uma ótima oportunidade de ficar calado e mandou "Eu ainda vou criar o Dia da Hipocrisia"... Uau! Genial! Que ótimo, Presidente. Que bela forma de homenagear o SENHOR, a turma de Brasília e 95% dos políticos em geral.

E, voltando ao caso do Edgar Moreira (o deputado do castelo de 25 milhões), levamos um outro tapa na cara quando o relator do Conselho de Ética, Sérgio Moraes (que já foi acusado de vários crimes), disse, antes do julgamento, que não via razão para a condenação do "colega", além de dizer que está se "lixando para opinião pública", e se vangloriava de estar no seu sétimo mandato. Bem, pelo menos sincero ele foi. Mas os companheiros deputados não gostaram. Provavelmente todos compartilham do mesmo pensamento, mas sabe como é, né?, expressá-lo publicamente pode pegar mal. E tanta foi a pressão dos deputados, que Sérgio Moraes (PTB) acabou sendo substituido por Nazareno Fontenele (PT), que, pelo que eu li, também não é flor que se cheire.
Mas Moraes ainda não desistiu, e disse que vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal para tentar voltar ao caso. E a esposa dele, que é prefeita de uma cidade gaúcha, parece também não ligar muito pra opinião dos eleitores... Vai trocar o seu carro oficial ano 2006 por um mais novo, confortável de R$ 70.000. E isso, claro, com o dinheiro do povo. Legal, né?

É uma pena termos políticos do nível de Sérgio Moraes na frente do Conselho de Ética - palavra que parece não fazer muito sentido hoje em dia - e em tantos outros cargos importantes. Em nosso país não temos apenas cegos guiando cegos. Vamos além. Temos demagogos julgando demagogos.

[PS: Eu ia falar nesse post sobre o deputado criminoso que, bêbado e com a carteira de habilitação suspensa, provocou um acidente em que 2 jovens morreram, mas o post ficaria muito grande. Então vou deixar para o próximo.]

sábado, 18 de abril de 2009

Primeiro post e conteúdo do blog.

Bem, para começar, acho que cabe uma pequena apresentação...
Eu tenho 20 anos, no momento não estou estudando mas gosto de estar por dentro do que acontece por aí. Não sou dono da verdade, e as opiniões que eventualmente darei são pessoais.
Decidi criar um blog aqui no BlogSpot para dar continuidade ao que eu já tinha no Multiply e tentar alcançar um público maior do que os meus 2 fiéis leitores do Multiply (que não é tão conhecido aqui no Brasil).

Eu não sou poster compulsivo, por isso, possivelmente haverão alguns intervalos entre meus posts.

Aqui vocês irão encontrar posts sobre cinema, política, economia, música, etc.

Espero que gostem.