sexta-feira, 15 de março de 2013

[Curtas] Duro de Matar: Um Bom Dia Para Morrer

★★★☆☆
Bom

Seis anos após sua última aventura, John McClane volta a entrar no caminho de terroristas e salva o dia à la Jack Bauer — talvez com um "pouco" mais de explosões e mentiradas (com 30 minutos de filme ele já capota dois carros).
Dessa vez John está acompanhado de seu filho Jack, com quem não falava há anos devido a uma briga. Cabe aos dois superarem os problemas de sua relação e pararem uma trama que envolve terroristas, claro, políticos corruptos e armas nucleares da extinta União Soviética.

O filme tem seus defeitos, a começar pela própria história que é forçadíssima, mas não deixa de ser bem divertido. As cenas de ação são espetaculares e muitas vezes engraçadas, de tão absurdas. Só que eu preferia ver a Mary Elizabeth Winstead chutando bundas com o Bruce Willis, e não o brutamontes do Jai Courtney (o Varro, de Spartacus). Mas ele não chega a comprometer, ainda mais num filme onde atuações não são o forte. O próprio Bruce Willis atua desfilando aquele seu sorriso irônico característico, por boa parte do filme. Até o bom Sebastian Koch (A Vida dos Outros) não tem uma atuação de destaque. Mas no meio de tanta testosterona, a presença da bela Yuliya Snigir é um alento, e também um diferencial entre o elenco no piloto automático.
A trilha sonora de Marco Beltrami é um dos pontos altos do filme, enquanto a fotografia de Jonathan Sela alterna momentos sóbrios e enquadramentos nervosos, com câmeras tremidas na mão.

"A Good Day To Die Hard", no original, não é o filme do ano. Mas entrega justamente o que promete: diversão. E o herói sempre no momento certo na hora certa (ou, dependendo do ponto de vista, no momento errado na hora errada) que desde 1988 vem sendo o pesadelo dos bandidos, continua implacável sem se prender à justiça comum e ao politicamente correto. Fora do seu serviço, John McClane não prende os bandidos que cruzam seu caminho, os mata — sem piedade.

No final das contas, depois de deter todo tipo de terroristas, seja em um shopping, um aeroporto, por toda cidade de Nova York e Washington, impedir que armas nucleares caiam nas mãos de pessoas erradas não parece ser uma tarefa tão difícil. Apenas mais um dia na vida de John McClane.

PS: Depois de passarem um bom tempo em Chernobyl, o próximo Duro de Matar deve ser John e Jack McClane lutando contra o câncer, né?

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